Prefeito Tiago Amaral critica Londrisul: “Justificativa é inaceitável”

Londrina (PR) – O prefeito Tiago Amaral (PSD) reagiu com firmeza ao comunicado da Londrisul, concessionária responsável pelo transporte coletivo na zona sul da cidade. Em nota divulgada nesta sexta-feira (5 de dezembro de 2025), a prefeitura classificou como “inaceitável” a tentativa da empresa de atribuir ao município a responsabilidade pelo não pagamento antecipado da segunda parcela do 13º salário dos funcionários.

A Londrisul havia informado aos colaboradores, na quinta-feira (4), que o atraso em repasses municipais de custeio impossibilitou a antecipação do benefício, previsto tradicionalmente para antes do dia 19 de dezembro. A empresa alega que cerca de 45% de sua receita vem de subsídios públicos, essenciais para cobrir a diferença entre a tarifa técnica (R$ 10,20) e a tarifa paga pelo passageiro (R$ 5,75).

Posição da prefeitura

Em resposta, Tiago Amaral afirmou:

“A responsabilidade pelo pagamento do 13º salário é exclusivamente da empresa. Ela venceu a licitação, recebeu a concessão e deve se organizar para honrar os compromissos com seus trabalhadores. Usar o município como justificativa é inaceitável. Defendo os motoristas e cobradores e exijo que o pagamento seja feito imediatamente.”

A administração municipal reconheceu um atraso temporário nos repasses, causado pela grave situação financeira herdada, mas destacou que, mesmo assim:

Os valores repassados à Londrisul em 2025 são superiores aos de 2024;
Uma parcela de R$ 770 mil foi liberada na tarde de quinta-feira;
A tarifa ao usuário foi mantida em R$ 5,75, sem reajuste em 2025, apesar do rombo estimado em R$ 177 milhões no sistema.

Próximos passos

O Sintrol (Sindicato dos Motoristas e Cobradores) acompanha o caso e negocia com a empresa e a prefeitura para garantir que o 13º seja pago dentro do prazo legal. A Londrisul ainda não se pronunciou sobre a cobrança direta do prefeito.

A prefeitura reforçou que continuará fiscalizando o cumprimento das obrigações trabalhistas pelas concessionárias e que qualquer descumprimento poderá acarretar sanções contratuais.